segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Jornal homenageia fotógrafos
Em homenagem a fotógrafos, jornal francês, Libération, publicou uma edição sem nenhuma foto. Seria um minuto de silêncio?
O Jornal francês, Libératinon,
publicou, no dia 14 de novembro, uma edição especial. O jornal vinha sem
nenhuma foto, apenas com espaços em branco onde deveria estar às imagens e, em
volta, as notícias normais.
Quem abrisse a edição
saberia, de pronto, que estava faltando alguma coisa, como se a informação
estivesse incompleta.
O jornal francês explica
sua decisão da seguinte forma: “ Libération promete uma eterna gratidão a
fotografia, quer sejam produzidas por fotojornalistas, fotógrafos de moda,
retratistas, ou artistas conceituais. Nossa paixão pela fotografia nunca foi
posta em causa - não porque ele é usado para embelezar, chocar ou ilustrar, mas
porque a fotografia toma o pulso do nosso mundo. Para escolher o dia de
abertura da Paris Photo, essas imagens brancas destacam o nosso compromisso com
a fotografia. Não é um velório, não estamos enterrando a arte fotográfica [...]
Em vez disso, estamos dando à fotografia a homenagem que merece. No entanto,
ninguém pode ignorar as calamitosas situação que fotógrafos da imprensa encontram-se
agora[...] o mercado da fotografia de arte está confuso”
Infelizmente existe uma
crescente máxima que a profissão de repórter fotográfico está entrando em
extinção.
Pra exemplificar isso,
vamos retomar alguns exemplos.
Em abril deste ano, o Chicago
Sun-Times demitiu seus repórteres fotográficos e disse que seus repórteres
deveriam tirar as fotos e fazer filmagens, mesmo não dominando técnicas básicas.
Em novembro, também deste
ano, Larry Kramer, Presidente do jornal USA TODAY, disse: "Enquanto eu
costumava levar quatro câmeras Nikon caras com lentes intercambiáveis, quando
eu era uma notícia e fotógrafo esportivo há muito tempo atrás, o mundo mudou
dramaticamente. Muito do que eu poderia fazer, então agora pode ser feito com o
meu iPhone”. Será mesmo Sr. Kramer.
Muitos estão dando adeus à
fotografia profissional. Será que qualquer um pode substituir Steve McCurry? E
Sebastião Salgado? O que será dos jornais sem o instante decisivo? Sem a íntima
relação do profissional, sua câmera fotográfica e o mundo ao redor?
Poxa, sinceramente, queria
ter nascido no início do século 20!
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