quinta-feira, 4 de julho de 2013
Um discurso sobre fotografia: Quem faz a foto, a câmera ou você?
Hoje a fotografia está
mais acessível que nunca. Mas a tecnologia é tão responsável assim pelo
resultado da imagem?
Por Diego Calvo
Foto Diego Calvo
Claro que a tecnologia
ajuda muito na execução de uma fotografia, mas ela é responsável por uma
pequena parte no quesito “fotografar”.
O que torna a foto um
primor é a junção do domínio de técnicas com o feeling de enxergar, em
determinado ponto, a fotografia.
Se fosse a máquina a
responsável por uma boa imagem, o que seria de Robert Capa com sua 35mm em meio ao vendaval de tiros na batalha da
Normandia?
E há quem diga que quanto maior o megapixel da câmera, melhor. Mas o que é megapixel diante de um olho treinado?
E há quem diga que quanto maior o megapixel da câmera, melhor. Mas o que é megapixel diante de um olho treinado?
Acredite, a boa fotografia
é resultado de você, do seu caráter, das poesias que leu, das histórias que
viveu e das derrotas e conquistas que acumulou.
Ninguém pode ser um bom
fotógrafo sem viver a fotografia.
O celebre Henri Cartier-Bresson disse que “fotografar, é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração”. E é exatamente isso.
A cabeça é a parte
racional, o regular do botão, o pensar a foto: que abertura ou lente usar. ISO,
velocidade, equilíbrio, branco, etc..
O olho é o compor a cena,
seja colocar na regra dos terços, seja
definir um ponto no horizonte. É escolher esquerda ou direita, cima ou baixo,
abrir ou fechar a cena.
Já o coração - ah o
coração - é sentir a fotografia! Viver a cena que está fotografando e, além de
tudo, mudar algo dentro de você. O coração é o que te fará continuar,
continuar, continuar e... clicar.
Como um guerrilheiro,
espreite o assunto, cerque, estude e atire;
Como um enamorado, não
desista da foto na primeira decepção;
E como um jardineiro, cultive
este amor dentro de você!
Bons cliques meus amigos!
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