segunda-feira, 6 de maio de 2013
George Rodger: da guerra ao mundo vistoso da natureza
Co fundador da Magnun, o britânico George Rodger saiu da guerra para encarar a antropologia da terra.
Por Diego Calvo
George Rodger, britânico nascido em 1908, viveu até Julho de
1995. Apesar de ofuscado por Robert Capa, Henri Cartier-Bresson e David Seymour(Chin), também foi um dos fundadores da mítica agência Magnum, ao lado de William Vandivert.
Tinha no sangue a vontade de
conhecer o mundo, e retratá-lo de maneira nua e crua. Foi por isso que se alistou
na marinha mercante inglesa, para conhecer o planeta inteiro.
Comprou, inclusive, uma Kodak de
bolso, com a prerrogativa de ilustrar suas histórias com as fotografias
registradas.
Depois de voltas e voltas em
torno do planeta juntou suas anotações e foi atrás de editoras para publicar um
livro. Fracasso! Ninguém se interessou pelas histórias do moço.
Você pode querer ver também:
Dicas para fotografar bem melhor
Dicas para fotografar a lua
Dicas para fazer fotometria
Outros Fotógrafos famosos
Escritor frustrado, voltou-se para a fotografia, arte que aprendera sozinho, sem auxílio de outrem.
Seus trabalhos de colaborador para revistas britânicas e
americanas, chamaram a atenção para o trabalho mais cobiçado dentre os
repórteres fotográficos: correspondente de guerra pela revista Live.
Trabalhou de 1939 a 1945, cobrindo todo andamento da segunda
guerra mundo.
Rodger viu o despautério humano que uma guerra pode causar.
Fotografou desde inimigos e amigos baleados a campos de concentração com seus
amontoados de corpos rijos, esqueléticos e inanimados.
Cansou-se da guerra e pediu demissão da Life (que doido) e
voltou ao patamar de freelancer, não um freela qualquer, mas daqueles que saem
de casa para comprar cigarros e acaba tomando coca-cola em alguma budega na
áfrica do sul. E foi no continente africano que
Rodger acabou fazendo o trabalho pelo qual seria eternamente
lembrado, mas vamos por partes.
De verdade, o britânico estava farto de fotografar desgraças
e voltou-se para a natureza e para os rituais de povos distantes da dita
‘civilização’.
Em 1947, a convite de Robert Capa, juntou-se aos outros
quatro fotógrafos e formaram a Magnum.
Nada de muito relevante, Rodger queria mesmo era se
embrenhar na reportagem voltada mais para o lado antropológico e natural.
Em 1951, virou colaborador da National Geographic, onde contribuiu com seu espírito aventureiro.
O trabalho mais conhecido é o que envolve, como falei, a
África. Na década de 80, em mais de uma dezena de viagens, fotografou os
tuaregues, a vida animal e sessões de circuncisões jamais vistas.
Em fim, o homem de guerra, empenhado em mostrar a realidade,
doa a quem doer, cansou do sangue jorrado de corpos jovens e acabou mostrando a
beleza de povos e lugares longínquos, matando a curiosidade de quem não pode e
não quer deixar o conforto de sua casa nas manhãs de domingo.
|