quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
David Seymour e as crianças do pós-guerra
Conhecido pelo codinome
Chim, ele foi um dos fundadores da Magnum. Seymour cobriu diversas guerras e
teve um fim trágico em uma delas.
Por Diego Calvo
David Seymour, que
usava o pseudônimo de Chim, foi um fotógrafo polonês e cofundador da mítica agência
Magnum. Nasceu em 1911 e morreu em 1956. Seu trabalho ficou conhecido
mundialmente por cobrir guerras, pós-guerras e, principalmente, por fotografar crianças
refugiadas.
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Como quase todos os repórteres fotográficos nascidos no início do século XX ou no final do IX, David Seymour viveu os grandes conflitos da humanidade e, longe de permanecer incólume diante da tragédia que o homem é capaz de protagonizar, ele foi a campo e registrou o resultado da estupidez das guerras.
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Davi Seymour |
Começou com a
Guerra Civil Espanhola e, de lá, ganhou nome e seu trabalho passou a ser
valorizado. Cobriu o refúgio dos legalistas espanhóis no México e embarcou para
Nova Yorque acompanhando da cidade americana o início da Segunda Guerra
Mundial.
Se alistou no
exército americano em 1940 e trabalhou nele como interprete e fotógrafo. Em 1942
seus pais foram mortos pelos nazistas e ele se naturaliza cidadão americano.
Ao fim da segunda
guerra, Seymour regressa para Europa e faz o trabalho mais importante de sua
carreira. Bancado pela Unicef, ele cobre a situação das crianças refugiadas. Com
este material, David ganha ainda mais fama.
Uma das fotos mais
marcantes é a da pequena Elefteria, uma menina grega que acabara de receber
sapatos novos da Unicef. A esta foto, Seymour diria:
“Elefteria, de
apenas quatro anos de idade, olhou seus sapatos novos por um longo tempo.
Finalmente, foi autorizada por sua avó a colocá-los nos pés. Então o gelo foi
quebrado. Elefteria correu pela aldeia, rindo”, colocou ele no crédito da foto.
Quando Robert Capa morreu, Chim assumiu a presidência
da Magnum.
Sua morte, como a
de seu amigo Capa, foi brutalmente trágica. Ao cobrir o armistício da Guerra de
Suez, foi metralhado, junto com outro fotógrafo, Jean Roy, por soldados egípcios.
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